Kakao (http://www.theobroma-cacao.de) |
Chocolate engloba um grande número de confeitos
e sabores derivados da semente da árvore de cacau, própria das Américas Central e do Sul. Estudos recentes afirmam que o cacau foi primeiramente consumido por
habitantes da América Central na forma de uma bebida fermentada. Hoje pode-se
afirmar sem medo que o sabor do chocolate está entre os sabores mais apreciados
em todo o mundo, motivo pelo qual não é de se surpreender que tanto micro
cervejarias quanto os grandes conglomerados estejam cada vez mais em busca de
formas de incorporar esse aroma aos seus produtos.
Os aromas de chocolate podem ser derivados, por exemplo, do malte torrado, incluindo a variedade que leva exatamente o nome de chocolate malt, assim chamado devido á sua cor e à sua contribuição quanto à nota de chocolate que confere à cerveja. A Brooklyn´s Black Chocolate Stout é uma das que fazem uso desse artifício. O sabor do verdadeiro chocolate, entretanto, tende a ser ligeiramente diferente daquele obtido a partir do chocolate malt, de modo que os cervejeiros que desejam efetivamente um gosto de chocolate mais fiel tendem a introduzir o chocolate ou cacau em momentos distintos do processo de fabricação.
Os aromas de chocolate podem ser derivados, por exemplo, do malte torrado, incluindo a variedade que leva exatamente o nome de chocolate malt, assim chamado devido á sua cor e à sua contribuição quanto à nota de chocolate que confere à cerveja. A Brooklyn´s Black Chocolate Stout é uma das que fazem uso desse artifício. O sabor do verdadeiro chocolate, entretanto, tende a ser ligeiramente diferente daquele obtido a partir do chocolate malt, de modo que os cervejeiros que desejam efetivamente um gosto de chocolate mais fiel tendem a introduzir o chocolate ou cacau em momentos distintos do processo de fabricação.
Young´s Double Chocolate Stout (http://www.finewinesellers.co.uk) |
A Young, por exemplo, em sua Young´s Double
Chocolate Stout, simplesmente adiciona chocolate e aroma de chocolate ao
líquido em processo de fermentação, o que confere um gosto bastante doce à
bebida, e que tornou a bebida um hit pubs afora.
Ainda que muitas cervejarias utilizem chocolate
em pó, barras de chocolate ou xarope de chocolate, fáceis de serem encontrados,
a maior tendência é mesmo a de se utilizar os grãos descascados e torrados em
si (cocoa nibs). Os grãos de cacau contém uma grande porcentagem de gorduras e
óleos, que devem ser retirados da parte sólida (formando o que se conhece como “cocoa butter”,
ou manteiga de cacau). Como mencionado nos posts sobre colarinho e sobre
lacing, óleos e gorduras são nocivos à formação e retenção de espuma, e por
isso mesmo indesejados quando da produção de cervejas. Ainda assim, não é certo
que toda a gordura seja eliminada nos passos anteriores à adição dos grãos à cerveja, de modo
que a “sobrevivência” dessa gordura remanescente está relacionada a diversos fatores
tais como o momento da adição e o estilo de fermentação.
Quase todo o chocolate comercialmente
disponível contém açúcares, e muitos dispõe ainda de baunilha e leite. Então,
aqueles que desejam um sabor mais puro de chocolate, hão de recorrer ao uso de cacau
em si (como descrito) ou mesmo chocolate de confeiteiro. Ambos podem ser
adicionados ao mosto. Outro método usual é o de envelhecer a cerveja junto aos grãos
de chocolate, o que evita que a gordura seja absorvida, além de conferir um
aroma e sabor mais fortes, e notas de frutas diversas, elementos perdidos
quando da adição do cacau em estágio prévio. Contudo, o grão de cacau também
dispõe de um elevado amargor, de modo que uma exposição exageradamente prolongada
pode levar a um amargor indesejado no produto acabado.
Assim como com outros sabores e aromas, há
também extratos de cacau disponíveis para uso na fermentação; o que, contudo
tende a ser evitado por cervejeiros mais experientes. Quando bem utilizado, o
chocolate pode conferir à cerveja notas das mais agradáveis, o que o levou a
ter uma forte relação com as mais diversas Porters e Stouts, ainda que
cervejeiros de todo o mundo venham, cada vez mais, a experimentar o seu uso em combinação
com outros estilos, obtendo resultados mais ou menos satisfatórios. Alguns dos
mais interessantes procuram combinar o chocolate com outros sabores doces ou
com notas de chilli, remetendo a antigos sabores Mesoamericanos e bebidas à
base de chocolate próprias do México.
Wir hopfen alles Gute!
Wilhelm Stein
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Wilhelm Stein
Referências:
The Oxford Companion to Beer - Garrett Oliver
Let Me Tell You About Beer - Melissa Cole
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