A cervejaria BarbaRoja foi fundada como
cervejaria independente e familiar em Escobar, a 50 km de Buenos Aires,
Argentina. Ela tem uma gama considerável de rótulos diferentes, desde os estilos
tradicionais até rótulos únicos criados especialmente por eles (nesta categoria
encaixam-se principalmente inúmeras variedades de cervejas frutadas).
Antes de fundar a cervejaria, em 2001, o proprietário
Antonio Mastroianni passou nada menos que 6 anos amadurecendo a ideia da
cervejaria própria, viajando pela Europa e colhendo informações para assentar a
pedra fundamental daquela que viria a ser uma das cervejarias artesanais mais
conhecidas do país dentro de poucos anos.
Quando finalmente iniciou os trabalhos, eram 5 os estilos de cerveja produzidos, com uma produção mensal (nem tão pequena assim para uma cervejaria artesanal recém fundada) de 7 mil litros. Com o passar dos anos, a produção aumentou, bem como os estilos ofertados. No ano de 2012, sua produção anual era de cerca de 55 mil litros mensais, divididos entre 14 variedades. As cervejas são exportadas, além disso, ao Uruguai, Chile, Itália, Espanha e Canadá.
Quando finalmente iniciou os trabalhos, eram 5 os estilos de cerveja produzidos, com uma produção mensal (nem tão pequena assim para uma cervejaria artesanal recém fundada) de 7 mil litros. Com o passar dos anos, a produção aumentou, bem como os estilos ofertados. No ano de 2012, sua produção anual era de cerca de 55 mil litros mensais, divididos entre 14 variedades. As cervejas são exportadas, além disso, ao Uruguai, Chile, Itália, Espanha e Canadá.
No início, ainda, foi difícil juntar todo o
know-how necessário para a produção cervejeira, por isso a cervejaria trouxe um
mestre-cervejeiro da República Tcheca que, apesar de ajudar a instaurar a
cervejaria e colocar a produção de pé, trouxe consigo o desafio da língua,
motivo pelo qual todas as atividades eram acompanhadas de um tradutor, o que
eventualmente levava a confusões e atrasos.
Atualmente, contudo, a cervejaria anda sobre as
próprias pernas, fundamentada sobre o conhecimento dos cervejeiros europeus e
aliada ao esmero dos cervejeiros atuais, bem como à qualidade da água e demais
ingredientes selecionados utilizados desde o seu início. Afim de se estabelecer
no mercado, a cervejaria também mudou a designação de seu nicho; não quer
necessariamente ser uma produtora de cervejas artesanais, mas sim de cervejas
finas. Motivo para tanto é que a cerveja artesanal, aos olhos da BarbaRoja,
está muito ligada às cervejas feitas em “garagens”, com instalações precárias e
de forma experimental. Por outro lado a cerveja também não admite fabricar
cervejas chamadas Premium, o que demandaria muito mais investimento e controle
sobre a fabricação. Desta forma, optou pela designação cerveja fina.
Alguns exemplares da BarbaRoja - Fonte: cervezafresca.com |
Como último detalhe, é sempre interessante
observar que a garrafa da BarbaRoja não dispõe de uma tampa convencional, mas
de uma tampinha mais simples e dotada de uma pequena argola, grande o
suficiente para encaixar o dedo e arrancar assim a tampa sem o auxílio de
nenhum outro instrumento. Esse fato me chamou a atenção desde a primeira vez em
que vi uma garrafa dessa cervejaria. No caso da Strong que descrevo abaixo, contudo, o fecho é feito com uma rolha convencional.
Bom, chega de falar da cervejaria, vamos falar
um pouco da cerveja em questão aqui. Para quem quer mais infos da cervejaria,
vale a pena dar uma olhada nas referências, principalmente nesse link aqui.
Além disso a BarbaRoja recentemente abriu um bar próprio em BA, a página do bar
no facebook vocês encontram aqui.
Strong Red Ale
A garrafa da Strong Golden Ale e a cerveja em si - Imagem de autoria própria |
A cerveja defumada e envelhecida em barris é
engarrafada em uma garrafa tipo champanhe de 750 ml, contando com um teor alcoólico
de 9%. Uma vez derramada no copo, a formação de espuma é intensa, trazendo ao
topo uma espuma cremosa e de longa retenção, ainda que não tão uniforme quanto
o esperado para uma cerveja dessa qualidade. Mas nada grave. Sua coloração é de
um cobre intenso, não totalmente turva mas longe de ser cristalina também.
No aroma sobressai o caramelo e notas de malte
defumado, não como uma Rauchbier e diferente de uma Porter, mas mais intenso do
que o esperado, sem dúvida. Também é possível sentir o aroma amadeirado,
resultado do envelhecimento em barris. Já no sabor o malte torrado e defumado
ganha uma intensidade muito maior, agora sim aproximando-se muito de uma
Rauchbier, na medida do possível e dentro dos limites do estilo (bem, para ser
franco, extrapolando um pouco). Outros sabores que dão as caras são o caramelo,
próprio da torrefação do malte; o lúpulo também aparece, ainda que talvez não tão
intensamente quanto promete a descrição da garrafa, mas mesmo assim bastante
agradável. O corpo da cerveja é leve e o retrogosto, por fim, relativamente
seco e duradouro.
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